quinta-feira, 21 de maio de 2009

"Eu vou, mas nem que eu tenha que ir à pé!"

Eu não tô bem.
Nem deveria vir aqui dizer isso,porque quanto mais a gente fala, mais se torna verdade. Mas eu preciso desabafar com alguém.
O computador é uma boa pedida.

A médica disse que eu não sei perder. Realmente! Acho que estou ficando maluca por causa disso. Quanto mais eu tento me libertar, mais eu sinto que estou ficando individada com a minha própria culpa. Minha compulsão por comida é uma fuga de não saber lidar direito com a morte do me pai e com a minha perda da esperança no amor. É mais ou menos isso.
Porém, o que seria encarar de frente?
Eu não consigo pensar nele direito, não consigo chorar. Não que isso seja necessário, mas realmente é muito complicado pra mim.
A imagem que eu tenho de mim mesma é totalmente distorcida. Eu me exijo demais, exijo demais dos outros. Sinto que falta algo, e sei muito bem o que é.
Entretanto, tenho que aprender e aceitar essa nova vida sem ele. Ele era o melhor pai do mundo! Ai que saudade! Como eu queria que ele estivesse aqui pra me sentir segura de novo.
Como eu queria ele aqui pra ir ao cinema comigo hoje.
Foi tudo muito rápido. Não tive tempo nem pra sentir falta, pra pensar. O vestibular foi minha fulga, a comida foi minha fulga. Mas eu não posso mais fugir. Eu tenho que enfrentar, só não sei como.
Sei que a fé é um dos fatores fundamentais, mesmo podendo parecer uma coisa banal. A fé e a força de vontade. Essa eu sempre tive, mas de um tempo pra cá confesso ter deixado um pouco de lado. É aí onde entra o "relaxamento" e a oportunidade de me libertar. Ao mesmo tempo que me liberta me aprisiona. E estou sendo repetitiva...
Isso já se tornou um círculo vicioso, que eu não sei mais sair!
Já tentei de tudo, e acredite todo dia acredito ser um novo recomeço. Está explicado o motivo pelo qual engordo e emagreço tão rápido. A minha obsessão por emagrecer não é real. Ela esconde simplismente a parte feia que não quero mostrar, ou simplismente a parte feia que nem mesmo eu conheço.
Uma mulher que leu as cartas pra mim um dia disse que eu tinha muita sorte na vida, só não podia desistir das coisas fácil. Ela repetiu isso muitas vezes, e acredito nela.
Sou uma pessoa com sorte, não tenho nada a reclamar.
E não vou desistir tão facilmente. Pelo menos, não de mim!
A verdade é que junto com a morte do meu pai, se foi uma parte de mim também...
Aiii, cansei!

Um comentário:

  1. Larissa, descobri seu blog pelo seu comentário no meu e, sem sacanagem, fiquei perplexo!
    Sempre tive você como um exemplo de alto astral, felicidade, sempre te vi sorrindo e feliz. Não sabia que estava assim como está.
    Sem querer abusar farei um pedido a você: não mude a Larissa que eu conheci! Você tem um sorriso tão bonito que não merece ficar pra dentro da boca.
    Beijos!

    ResponderExcluir