segunda-feira, 5 de junho de 2017

Um pouquinho de Pirlimpimpim

E mesmo depois de tudo, eu ainda acredito no amor. Ainda vejo filmes de comédia romântica e me pergunto se vou me apaixonar de novo. E sei que a resposta é sim (mesmo pensando que nesse mundo moderno dá uma preguiça).
Por enquanto ninguém ainda se encaixa... Porque amar é um pouco como processo seletivo para conseguir emprego, não basta só ter as "características ideais" para aquela vaga, mas tem que ter um brilho inexplicável (e um pouquinho de sorte) para ser escolhido. Sim, o amor é um processo seletivo um pouco mais complicado que esses que estamos acostumados a participar. Não tem como você se "preparar" para as etapas que estarão por vir.
Tem que ser recíproco, não existe contratante e contratado. Os dois atuam em ambos papéis, são os que escolhem e também os escolhidos. Seria mais um contrato de parceria: trabalhamos juntos enquanto as coisas funcionam bem.
E, assim como o mercado de trabalho, o mercado do amor também está competitivo (e na verdade diria que está mais fácil conseguir um emprego que um amor). Cada vez temos que estar mais magros, lindos, inteligentes, viajados e hipsters.
Mas, voltando a parte prática, com menos blábláblá whiska sachê, estamos egoístas e sem paciência. Quando as coisas não estão funcionando exatamente da maneira que queremos, descartamos, quando o mistério do início já não existe mais, descartamos. Quando começamos a descobrir os defeitos, descartamos. Quando comparamos com o nosso ex, descartamos.
Passamos a ser exatamente mais uma figurinha do albúm e "figurinha repetida não completa albúm", não é mesmo? Aprendemos tão bem a não depender de ninguém e correr atrás da nossa vida que se abrir de novo para alguém custa. Custa tempo, dedicação e, principalmente, paciência. E se estamos dispostos a investir o nosso tempo nesse "possível" relacionamento? Muitas vezes diremos não (porque estamos mais ocupados com as "nossas" vidas).
Mas não se preocupe, ainda existe amor em SP, no Rio ou em Barcelona. Ou em qualquer lugar habitados por seres humanos. No fundo quando existe o tal brilho, nasce a paciência, o tempo. Aí é só torcer para ter um pouquinho de sorte.


domingo, 7 de maio de 2017

Só um tanto...

Às vezes eu me sinto perdida. Perdida nesse mundo com tanta informação, tanta gente, TANTO (tudo é muito). Um tanto de trabalho, um tanto de preocupação, um tanto de saudade. É assim que a gente vai levando a vida, tentando administrar nossos TANTOS. 
Acho que a minha grande preocupação sempre foi saber se estou indo no caminho certo. E hoje acho que é isso que tá fazendo meu coração doer agora. 
Me sinto longe das pessoas que eu amo e com tanto medo de voltar para o Brasil e descobrir que já não me encaixo lá. Sim, eu concordo que a gente sempre vai se adaptar e leva tempo, mas tenho medo de não pertencer mais a nenhum lugar. 
Meu coração tá destroçado em várias partes, perdido (e dividido) pelo mundo (eu já nem escrevo bem em português). Não tenho dúvida de que vir pra Barcelona foi a melhor escolha que eu fiz na vida, mas perdi muitas coisas também nesse caminho... E sigo perdendo. Ganhando e perdendo. Porque é disso que se trata a vida: ganhar e perder. Ou melhor, aprender a ganhar e perder. 

Perdi casamentos, aniversários, churrascos, domingos normais com a família, corridas e cinemas com ele... Mas como será quando eu voltar? Sei que nada vai estar no mesmo lugar. Sim, as coisas mudam, as pessoas também. 

E nesse tempo eu também mudei... E sinto que às vezes não gosto de quem eu me tornei. Não acho que eu mudei tanto, mas acho que com essa vida louca me perco no que realmente eu quero, eu preciso ou realmente sou. 

Sim, tenho orgulho de mim, de onde cheguei, e sei que quero (e vou) ainda mais longe. Só não sei por qual caminho ir agora. Nos últimos meses deixei que as coisas fossem fluindo e acho que me levou a bons lugares. Mas às vezes precisamos ao menos ter uma tendência do que queremos...

Meu coração tá apertadinho, pressionado mesmo. Precisava escrever, desabafar.

No fundo sei que só falta um tanto de amor... 

terça-feira, 24 de janeiro de 2017

E você... está preparado?

"Dizem que tudo o que estamos procurando, também nos está procurando e que, se pararmos quietos, nos encontrará." E assim começava o texto que minha mãe me enviou hoje. 
Foi a melhor frase que eu podia ter recebido hoje. Entre tantas escolhas, tanta gente, tantas cidades, tantos amigos, tantos amores, tantos trabalhos, será que o que eu estou procurando também está me procurando?
Eu acredito que sim. Ainda que não seja exatamente no timing que queremos, quando realmente queremos algo (e corremos atrás obviamente) as coisas acontecem. Acontecem porque merecemos, porque estamos preparados. E essa é a pergunta, será que estamos preparados para o que queremos? 

Espero que sim. 

Good night!

sexta-feira, 20 de janeiro de 2017

I'm so tired...

O cansaço toma conta do meu corpo e chega até a minha mente. São tantas obrigações, tantas cobranças. De quem? Minhas!
Uma vontade de chorar, uma dor no peito, sem saber exatamente o porquê... Só o stress de não saber pra onde seguir, o que fazer. Preciso de uma massagem, de um chocolate quente, um aconchego, sabe? Preciso de uma energia nova, só um carinho... Preciso de mais horas para dormir, talvez só desacelerar.
Mas como? As horas passam e sinto que não faço tudo aquilo que devo fazer. A minha lista de prioridades é grande. Além de trabalhar, ir pra academia, encontrar os amigos, ver um filme, procurar emprego, lavar a roupa, fazer comida, arrumar a casa, quero ser uma pessoa que vai além. Além do básico. Alguém que vai ser lembrado. Alguém grande, que alcança seus objetivos, ou melhor, que supera. Alguém bom, bom mesmo, que ajuda os outros, que ouve, que se entrega. E pra tentar ser tudo isso se gasta uma energia... Deve ser por isso que ando tão cansada.

Onde encontro um carregador de energia para pessoas?

quarta-feira, 18 de janeiro de 2017

Há tanta vida lá fora!

Só quem partiu sabe a dor e a felicidade que é viver longe de casa. Fora da nossa zona de conforto, da comodidade, do nossos planos milimetricamentes estruturados.
Como vai ser amanhã? Pergunta fácil, será mais um dia como outro qualquer. Mas, se me pergunto o que vai ser da minha vida daqui a 6 meses realmente não sei te dizer. E isso é tão bom e ruim ao mesmo tempo... É uma agonia que te embrulha o estômago. É como se você experimentasse os exremos de uma só vez. É amar a o inesperado que a vida te traz e ao mesmo tempo sentir falta da visão a longo prazo.
Desde que sai de casa meus projetos começaram a ser por etapas. Como se só tivesse que realmente pensar no que eu quero fazer depois de que cada etapa vai terminando. E isso dá um medo, e que medo... Mas por outro lado, sente que sempre mudar o caminho. E aprende, que na vida não há pressa para pegar atalhos. Todos os caminhos te levarão a algum lugar...
Sim, acho que o maior aprendizado até agora nesse tempo que estive longe é que tudo é mutável. Mudamos todo o tempo todos os dias, cortamos o cabelo, engordamos, emagrecemos, trocamos o emprego, o namorado, o país... Mudar custa caro, custa a nossa segurança, o colinho da mamãe, mas quanta coisa ganhamos quando nos arriscamos! Quantos lugares descobrimos, pessoas que conhecemos, momentos que experimentamos. E não acho que pra tudo isso acontecer é necessário mudar de cidade ou de país, acho que é estar aberto para o mundo, para as oportunidades. É simplesmente ouvir nosso coração...